Parkson.
2.3-Caricatura da burocracia
Este período de pensamentos foi atribuído em especial a Parkinson e a Peter . O primeiro enunciar várias teses sobre o assunto, contudo a mais conhecida é a Lei do Trabalho ou Lei de Parkinson, segundo a qual o trabalho aumenta a fim de preencher o tempo disponível para a sua execução. Ou de forma resumida, quanto mais tempo se tem para fazer uma coisa, mais tempo se levará a fazê-la.
Podemos ver que da citada Lei do Trabalho derivam dois princípios: segundo Parkinson
Lei da Multiplicação dos Subordinados: qualquer ocupante de cargo de chefia deseja sempre aumentar o número dos seus subordinados, desde que não sejam seus rivais.
Lei da Multiplicação do Trabalho: qualquer ocupante de cargo de chefia sempre arranja trabalho para funcionários das outras chefias.
No Princípio de Peter (1969), tão famoso como a Lei de Parkinson, pode ser enunciado da seguinte forma: numa hierarquia burocrática, todo funcionário tende a subir até chegar ao seu limite de competência, razão pela qual quase todo cargo tende a ser ocupado por um funcionário de baixa competência.
3-Homem como centro da análise
Se notarmos com atenção o desenvolvimento do capitalismo, da primeira década do século XX até a grande crise econômica dos anos trinta, contribuiu para o questionamento da racionalidade taylorista na organização do trabalho.
Os debates e discursões do modelo mecanicista de Taylor, que diz: que o homem é considerado parte da máquina, foi facilitada pela Revolução Russa de 1917, acontecendo de vários lados, e, especificamente na Administração Pública. Assim, apesar de o presidente Wilson, dos EUA, ter patrocinado a introdução dos princípios da Administração Científica na Administração Pública, já em 1915 o congresso tomava partido contra a adoção indiscriminada das técnicas e ideias de Taylor.
E é nesse ambiente de contestação que se tornou possível o nascimento de uma nova visão das organizações, conhecida como Escola das Relações Humanas, na qual surgiram os princípios, de acordo como os listados abaixo, eles são quase que diretamente contrários àqueles defendidos pela Escola Clássica.
O homem é fundamentalmente um ser emocional, e não econômico-racional – As pessoas têm emoções e necessidades sociais que podem motivar mais o comportamento no trabalho do que os incentivos de caráter pecuniário.
As organizações são cooperativas, sistemas predominantemente sociais e não mecanicistas – As pessoas precisam satisfazer as suas necessidades emocionais e, por isso, formam grupos informais no local de trabalho.
As organizações são formadas por estruturas informais, regras e normas, assim como por práticas e procedimentos informais – Essas regras informais, os padrões de comportamento e de comunicação e as relações de amizade influenciam o comportamento e o desempenho individual e, em última análise, o desempenho da organização, de forma mais efetiva do que as estruturas formais e os mecanismos de controle por parte da hierarquia.
De acordo com a absorção destes princípios, as empresas não podem ser comparadas as máquinas definidas pela Escola Clássica, mas ao contrario, não existe um corte total com os princípios clássicos. Para começarmos, continua a fé na organização como uma parte fechada; ambas as concepções partem do pressuposto de que é possível descobrir a melhor maneira de organizar as instituições.